A História contada por homens de garra
Contar a história dos Conferentes é narrar uma epopeia de luta, desenvolvida e companheirismo feita, ao longo de 85 anos. Por homens de garra como Evilázio Nascimento Alves, Mário Ribeiro, Antonio Lopes, Michel Correa, Waldemar de Almeida Pinto, entre tantos outros, comandados pela liderança do ex-telegrafista Olympio Barthô Toccheton, um paulista de coração parnanguara e sindicalismo nas veias. Entretanto, não se pode esquecer um personagem que teve papel fundamental no início desta vaga, o estivador João Batista Teixeira, que sendo amigo de Olympio, prestou-lhe ajuda e colocou o sindicalismo na sua vida.
A história dos conferentes se mistura com a sua evolução do porto de Paranaguá. No início da década de 30 era a administração portuária que fazia o trabalho de conferência de carga e descarga em conjunto com as agências marítimas. Na falta de seus funcionários, buscava-se trabalhador avulso para fazer o trabalho. Foi o ponto de partida.
Origem no auditório da Estiva
Depois de muita luta e certeza que estava surgindo uma nova força sindical na cidade, no dia 28 de maio de 1938, o auditório do sindicato da Estiva "nasce" oficialmente e é referendado por unanimidade o Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do Porto de Paranaguá com Olympio Toccheton assumindo como primeiro presidente da categoria.
Mas a batalha não parou por aí, estava apenas começando. O reconhecimento oficial pelo Ministério dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, aconteceu 46 dias após a fundação, através do Decreto n.º24.694/34.
Busca do mercado de trabalho
Existindo de fato e de direito, o sindicato foi em busca do seu mercado de trabalho, mas encontrou forte resistência, na época, por parte das agências marítimas, que só requisitavam o trabalho na falta ou guardavam algumas de suas próprias equipes. Tanto naquele tempo, como nos dias atuais, a invasão do mercado de trabalho, consistia em um árduo problema que o sindicato era obrigado a enfrentar.
Porém, com a obrigatoriedade da inscrição na Capitania dos Portos de todos os conferentes, em 1939, o presidente Getúlio Vargas, 13 anos depois criou a faculdade profissional da categoria, tornando obrigatória a matrícula do conferente na Delegacia do Trabalho Marítimo.
Durante 15 anos o sindicato dos Conferentes integrou a categoria dos Consertadores ao seu quadro e esta interação culminou com o reconhecimento do sindicato dos Consertadores como entidade sindical.